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Segunda, 25 de Setembro de 2023 às 14h50 Ministérios da Igualdade Racial e do Esporte e CBF assinam protocolo de intenções contra o racismo no futebol

Os Ministérios da Igualdade Racial e o Ministério do Esporte assinaram no domingo (24) com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) um protocolo de intenções para o combate ao racismo e promoção da igualdade racial no futebol. O acordo foi celebrado durante o jogo São Paulo x Flamengo, pela final da Copa Betano do Brasil 2023 no Estádio do Morumbi.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, o ministro dos Esportes, André Fufuca e o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ednaldo Rodrigues, participaram do evento.

O objetivo do Protocolo é estabelecer esforços conjuntos para o combate do racismo e para a promoção da diversidade e inclusão racial no futebol. A parceria vem após alguns meses de trabalho entre ambos ministérios de avançar em um programa para construir políticas de enfrentamento ao racismo e promoção da igualdade racial nos esportes, no âmbito do GT Esporte Sem Racismo, também composto pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

"Estamos desde fevereiro trabalhando em conjunto com outros Ministérios para combater o racismo no futebol. Não é à toa que a gente se opôs a tudo que aconteceu com o Vinicius Junior, tudo o que tem acontecido dentro e fora de campo no futebol brasileiro. Estamos em um dia de celebração, dando mais mais um passo com o governo rumo ao combate do racismo nos esportes", afirmou a ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial.

Durante o jogo, também também ocorreu uma ação de mídia no estádio com os dizeres "Com racismo não tem jogo" e a divulgação do Disque 100, canal de denúncias do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania e da Justiça.

"O futebol é a alma da população, é a vitrine do esporte nacional, é o motivo pelo qual o Brasil ficou conhecido mundialmente. Da mesma forma, também temos que ser reconhecidos pela nossa capacidade de coibir e abolir esse mal. O racismo deve ser abolido dentro e fora dos campos. É dessa maneira que termos a sociedade mais fraterna e justa. Através da união do Ministério da Igualdade Racial, do Esporte e dos Direitos Humanos, teremos avanços significativos no combate a essa prática. Tenho certeza que hoje, no momento que damos os braços com a CBF, estamos visando um esporte mais justo, sem violência e sem racismo", afirmou o ministro do Esporte, André Fufuca.

"São muito importantes as políticas que o Presidente Lula tem desenvolvido. O racismo pede o comprometimento de todos. Todos têm que realmente dizer não ao racismo. A CBF, quando levantou essa bandeira, procurou em ser mais do que vinha sendo feito. Porque tudo que se houve falar é pouco para o que acontece no dia a dia", disse o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. Ele é o primeiro negro e nordestino a comandar a entidade.

A CBF lidera uma campanha antirracista no futebol mundial e foi a primeira entidade a adotar um a punição esportiva em caso de racismo.

"Nós fizemos uma parceria com o Observatório da Discriminação Racial no Futebol, envolvemos FIFA, CONMEBOL, UEFA e avançamos para colocarmos (a perda de pontos por casos de racismo) no Regulamento Geral de Competições da CBF, para que não ficasse apenas nas multas. Punia-se um jogador, clube e dirigente, e eles entravam com recurso para diminuir a multa. Como se tivesse um preço para praticar o racismo. A CBF foi além, colocou em seu regulamento penas desportivas que vão desde a perda do mando de campo, de pontuação e até exclusão da competição. Isso é o mínimo que se pode fazer porque com o racismo não tem acordo", acrescentou Ednaldo Rodrigues. 

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