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Quinta, 8 de Novembro de 2012 às 00h00 Com novo ranking, CBF privilegia momento técnico e mostra intenção de melhorar

A mudança nos critérios de elaboração do ranking nacional de clubes por parte da CBF é um passo à frente para a melhor organização do futebol brasileiro.

Apesar de ainda estarmos distantes de atingir um patamar satisfatório no que diz respeito a calendário e ao formato das competições, é importante que o ranking, por servir como classificatório para a Copa do Brasil, espelhe o momento técnico das equipes.

A partir de agora, o ranking contará apenas o desempenho dos times em torneios nacionais nos últimos cinco anos. Antigamente, era um ranking sem limitação de tempo, o que proporcionava grandes distorções.

Além disso, a pontuação era repleta de falhas, como a própria CBF admite na resolução publicada nesta terça-feira. O prêmio por um título brasileiro era de 60 pontos. Por um vice, 59, por um terceiro, 58, e assim por diante. Enquanto isso, a Copa do Brasil dava 30 pontos ao campeão e 20 ao vice.

Por este cálculo, um time com nove títulos do Brasileirão e um vice da Copa do Brasil faria menos pontos que um time campeão da Copa do Brasil e nove vezes vice do campeonato.

Isso sem falar no fato de que os participantes da Copa Libertadores eram penalizados por não disputar a Copa do Brasil no ano seguinte, algo que será corrigido para 2013 (para minimizar o efeito da ausência no novo ranking, os times que disputaram a Libertadores receberão pontuação equivalente às quartas-de-final da Copa do Brasil).

Para aumentar a confusão, a decisão de equiparar ao Brasileirão as competições nacionais que o antecederam entre 1959 e 1970 obrigou a uma revisão dos pontos atribuídos às equipes, pesando torneios ainda mais distantes da atual realidade. Impossível, sob qualquer aspecto, que tal critério pudesse oferecer uma perspectiva sobre o nível de cada time nos dias de hoje. Vários clubes que figuram neste ranking histórico nem têm mais atividade profissional.

Delimitar um período de tempo é fundamental para qualquer ranking que sirva como referência técnica. A Uefa já adota o coeficiente quinquenal em suas competições há tempos, partindo dele para definir a ordem dos clubes nos sorteios. A Conmebol adotou uma classificação semelhante, apesar de não usá-la para nada em suas competições. Outros esportes, como o tênis, seguem a mesma lógica.

O formato da Copa do Brasil para 2013 representa um avanço ao deixar de punir a competência dos times que se classificaram para a Libertadores. Distribuir vagas por ranking ainda não é uma situação ideal - seria melhor incluir todos os times das Séries A, B e C, além das vagas das federações estaduais -, mas o dano técnico à competição é menor quando este ranking segue critérios mais objetivos.

O mais importante, por enquanto, é notar que há intenção de melhorar. Algo que era difícil identificar na velha administração.

Clique aqui e confira a resolução que altera a pontuação dos clubes.

Clique aqui e confira a nova tabela de pontos do ranking.

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