Desde 2015, quando a CBF voltou a publicar os contratos no BID (Boletim Informativo Diário), a entidade jamais havia atingido a marca de registros de atletas alcançada na sexta-feira (14). Foram 1.616 ao todo. O recorde anterior, de número de registros num só dia, era de 7 de outubro do ano passado, com 1421.
“É um movimento que retrata o dinamismo do futebol brasileiro. Essa alta rotatividade é uma característica do nosso mercado”, explica Enio Gualberto, diretor de Registro, Transferência e Licenciamento de Clubes da CBF.
“Outros centros, como os europeus, preservam mais a estabilidade, os atletas ficam contratados por mais tempo. Já no Brasil existem especificidades, com centenas de clubes em atividade e inúmeras competições, envolvendo não apenas os profissionais, mas também as equipes de base, as ligas municipais etc”, afirmou.
Há normalmente uma intensa procura por registros no BID nos primeiros meses de cada ano, notadamente por causa do período dos estaduais, em que boa parte dos clubes fazem contratos de três meses, ou um pouco mais, com seus atletas. Depois dessas competições, muitos deles trocam de clube.
A Diretoria de Registro atua como uma espécie de grande cartório do futebol nacional e é responsável pela gestão centralizada do Sistema de Registro da CBF. Todos os atletas profissionais e treinadores que atuam no país são obrigados a manter os seus registros e contratos de trabalho junto à CBF, assim como os clubes das federações filiadas. O setor é também responsável pela interlocução com os órgãos e sistemas da FIFA relativamente às questões envolvendo status de atletas e transferências internacionais.
Formado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP) e com pós-graduação em Gestão do Esporte pelo FIFA Master, na Suíça, Enio Gualberto é advogado. Ele está na CBF desde 2016, exercendo a gerência de licenciamento de clubes na Diretoria de Registro e participando ativamente da elaboração de regulamentos da entidade.
Via CBF
