A arbitragem feminina brasileira vem se desenvolvendo ano a ano. Em 2023, mais mulheres estiveram em evidência nesse cenário e, com os projetos propostos pela Comissão de Arbitragem da CBF, a pretensão é ter cada vez mais profissionais envolvidas em todas as competições organizadas pela Confederação Brasileira de Futebol.
"Tivemos a satisfação de ter uma equipe feminina na decisão do Campeonato Brasileiro da Série C, entre Brusque e Amazonas. Isso é fruto de um trabalho e de um projeto. No começo da presidência do Ednaldo Rodrigues, ele nos solicitou a contratação de um membro para trabalhar o aspecto feminino na Comissão de Arbitragem. Então a Regildenia entrou para a equipe", disse o presidente da Comissão de Arbitragem, Wilson Seneme.
"Desde o ano passado, nós estamos estimulando e dando oportunidades para a arbitragem feminina e o resultado está aí. Conseguiram, por méritos próprios, por capacidade, pela primeira vez, ter uma equipe totalmente feminina trabalhando na final da Série C. Com muita satisfação e fruto também do trabalho que tem sido feito aqui na Comissão de Arbitragem pela Regildenia, desenvolvendo esse trabalho junto às árbitras", completou.
Única mulher na Comissão de Arbitragem, Regildenia Moura está a frente do desenvolvimento da arbitragem feminina. Neste ano, a entidade promoveu, em parceria com a FIFA, o Curso RAP Feminino 2023.
"É um motivo de muita alegria que essa final (da Série C 2023) tenha sido comandada só por mulheres. Queria agradecer o apoio e o incentivo que tenho recebido, tanto do presidente Ednaldo, como do presidente da Comissão de Arbitragem, Wilson Seneme", disse Regildenia.
A árbitra Edina Alves se tornou a primeira mulher a apitar uma final de Campeonato Potiguar (foto). A partida ocorreu em 17 de maio, no Estádio Maria Lamas Farache, no clássico entre América-RN e ABC, que terminou com o título do Alvirrubro. Na ocasião, Edina, a assistente Anne Kesy, a quarta-árbitra Deborah Cecília e a assistente de árbitro de vídeo Amanda Pinto Matias receberam uma homenagem da Federação Norte-Rio-Grandense de Futebol, que entregou uma placa pelas mãos de outras árbitras filiadas à federação: Mariana Regina, Edilene Freire, Débora Rayane e Luciana da Silva, que celebraram o feito de Edina e o valor da conquista para a arbitragem feminina brasileira.
Com informações CBF
Foto: Paulo José
